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Testes Psicológicos para auxiliar no diagnóstico do TDAH

Atualizado: 13 de jun. de 2023



O que é o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)?

O TDAH é um transtorno do neurodesenvolvimento. Começa na infância. A exigência de que vários sintomas estejam presentes antes dos 12 anos de idade exprime a importância de uma apresentação clinica substancial durante a infância. Quando sintomas do que parece ser TDAH ocorrem apenas depois dos 13 anos, é provável que sejam explicados por outro transtorno mental ou representem os efeitos cognitivos do uso de substancias.


Em relação aos fatores de riscos, entra a questão genética, a herdabilidade do TDAH é cerca de 74%. Também se enquadra o fator ambiental, devido ao baixo peso ao nascer e algum grau de prematuridade confere um risco maior de TDAH, quanto mais baixo o peso, maior o risco. E também o fator temperamental, o TDAH está associado a níveis menores de inibição comportamental, de controle a base de esforço ou de contenção; de efetividade negativa; ou maior busca por novidades. Esses traços podem predispor algumas crianças ao TDAH, embora não sejam específicos do transtorno.


O TDAH é mais comum em indivíduos do sexo masculino do que em indivíduos do sexo feminino. Há maior probabilidade de pessoas do sexo feminino se apresentarem primariamente com características de desatenção na comparação com as do sexo masculino.


As características essencial do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade é um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que interfere no funcionamento ou no desenvolvimento.

  • Desatenção: manifesta-se como divagação em tarefas, falta de persistência, dificuldade de manter o foco e desorganização.

  • Hiperatividade: refere-se a atividade motora excessiva quando nao apropriada, em adultos pode se manifestar como inquietude extrema ou desgaste dos outros com sua atividade.

  • Impulsividade: refere-se a ações precipitadas que ocorrem no momento, sem premeditação e com elevado potencial para dano a pessoa. Pode ser reflexo de um desejo de recompensas imediatas ou de incapacidade de postergar a gratificação.

 

Testes Psicológicos e o TDAH


1. BDEFS - Escala de avaliação de disfunções executivas de barkley

NÃO-RESTRITO

Público-alvo: Adultos entre 18 e 70 anos.

Aplicação: Individual e Coletivo.

Forma de coleta de dados: Autorrelato.

Avalia os possíveis déficits das funções executivas nas atividades cotidianas, como gerenciamento de tempo, organização e resolução de problemas, autocontrole, automotivação, auto regulação de emoções. Tem escore total e índice de TDAH.


 

2. EPF-TDAH - Escala de Prejuízos Funcionais

NÃO-RESTRITO

Público-alvo: Adultos entre 18 e 76 anos.

Aplicação: Individual e Coletivo.

Forma de coleta de dados: Autorrelato.

Tem como objetivo explorar os prejuízos funcionais relacionados ao TDAH que adultos podem experimentar em nove áreas da vida: acadêmica, profissional, social, afetivo-sexual, doméstica, financeira, saúde, trânsito e risco legal sendo as três primeiras listadas como critério D no DSM-5.


 

3. ETDAH-AD - Escala de transtorno do déficit de atenção e hiperatividade

NÃO-RESTRITO

Público-alvo: Adolescentes e Adultos entre 12 e 87 anos.

Aplicação: Individual e Coletivo.

Forma de coleta de dados: Autorrelato.

Auxilia no processo diagnóstico do TDAH, com a possibilidade de distinguir a apresentação do transtorno, a intensidade e o nível de prejuízo existente (leve, moderado ou grave). A escala é composta por cinco fatores: desatenção; impulsividade; aspectos emocionais; autorregulação da atenção, da motivação e da ação; hiperatividade.


 

4. VINELAND 3 - Escalas de Comportamento Adaptativo Vineland

NÃO-RESTRITO

Público-alvo: Desde o nascimento até os 90 anos.

Aplicação: Individual.

Forma de coleta de dados: Entrevista com pais/cuidadores e/ou professores.

Consiste em uma entrevista semiestruturada em formato de questionário. Associado a testes de inteligência, fornece dados críticos que ajudam no diagnóstico de deficiências intelectuais e de desenvolvimento, além de apoiar a elaboração de planos educacionais e de intervenção com informações valiosas.


 

AVISOS IMPORTANTES

  1. NENHUM TESTE É RESPONSÁVEL POR DIAGNOSTICAR UM TRANSTORNO. O diagnóstico tem que ser estruturado por um raciocínio clínico e de uma avaliação completa - que inclua entrevistas, observação, teste, entre outros processos.

  2. NÃO EXISTE UM TESTE DE ATENÇÃO QUE MEÇA O TDAH; o prejuízo atencional dá indicativos, mas não é a única evidência a ser considerada.

 

REFERÊNCIAS

Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.



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